quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Girl Gone Wild - A Freedom de Madonna

 



Girl Gone Wild é a empolgante faixa de abertura, bem parecida com Hung Up, tanto na proposta quanto no gancho musical. A entrada faz uma referência ao excelente tom de Like a Prayer, numa composição liricamente média de Madonna, juntamente com Jenson Vaughan. A faixa flerta com os desejos ardentes de uma garota selvagem, frenética e dona de si. Com sonoridade próxima ao eletropop e ao dance, a canção também traz elementos do ritmo four-on-dance-floor, conhecido por seus tambores que batem para cada nota, bem como pelos tons que ecoam elementos derivados dos estilos house e techno.



Surpreendentemente uma coesa construção aparatada por quatro compositores e três produtores. Madonna procura criar um pastiche de sua própria carreira ao abrir a música com um breve e ambíguo solilóquio cujas raízes se fincam em “Act of Contrition”: “eu sinto muito por ter te ofendido”, ela diz, pouco antes de falar que o que mais quer é “ser boa”. Entretanto, como já provou diversas vezes, ela não consegue evitar: ser má é a sua sina – e o que fez nos apaixonar por sua presença inegável e atemporal na indústria do entretenimento. De forma hipnótica, ela nos conduz por uma competente narrativa e certos usos explosivos do electro-dance que não conseguem ofuscar o repetitivo e extenuante refrão.


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