quarta-feira, 13 de julho de 2022

Featurings - Part I e II



Featuring - Também podendo aparecer como ft, ela é uma abreviação da palavra featuring, que nada mais é que “com a participação de”, “apresentando”, “em parceria com” ou “participando”. Ou seja, as músicas que têm algum artista feat outro artista, quer dizer que os cantores participam da mesma música.

A lista de músicas gravadas por Madonna engloba o fornecimento de vocais de fundo para outros artistas como Patrick Hernandez, John Benitez, Nick Kamen, Nick Scotti e Donna De Lory. Ela colaborou com cantores e músicos como Ricky Martin, Britney Spears, Annie Lennox, Nicki Minaj, M.I.A., Justin Timberlake e Timbaland.

PARTE I


Não dava para deixar de fora essa incursão de Madonna pelo funk, regravando um clássico da cantora portuguesa Blaya ao lado da brasileira Anitta. A faixa injeta algo de eletrônico na produção, mas ainda é bizarro ouvir Madonna entoando versos como: “Ele sabe que eu sou casada e ainda amo o meu amor/ Ele faz tão gostoso/ Ele faz tão gostoso”.Incluída no Madame X (2019), disco mais recente de Madonna, a faixa com Anitta aparece ao lado de outros colaboradores curiosos, como o popstar colombiano Maluma (em “Medellín” e “Bitch I’m Loca”) e os rappers Quavo (em “Future”) e Swae Lee (em “Crave”).

Estamos trapaceando um pouquinho aqui, é verdade: o ABBA não participou diretamente de “Hung Up”, que recolocou Madonna no topo do cenário pop em 2005, mas o sample de “Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)” que dá propulsão à faixa é tão inesquecível que não poderia ficar de fora dessa lista. Não é sempre que dois gigantes do pop se encontram desse jeito, afinal - mesmo que seja indiretamente. Um provocativo e esperto apelo pelos ouvidos de um público acostumado a “canções que soam todas iguais” no cenário pop, “Give Me All Your Luvin’” só fica melhor com o tempo.

A participação das rappers Nicki Minaj (que voltaria a colaborar com a rainha do pop em “I Don’t Give A” e “Bitch I’m Madonna”) e M.I.A. é certeira, e incendiou o público quando as três se apresentaram juntas no Super Bowl.

Aventura de Madonna pelo pop influenciado pelo hip hop do final dos anos 2000, o álbum Hard Candy (2008) não é exatamente o favorito dos fãs - mas a parceria com Justin Timberlake e Timbaland no single “4 Minutes” virou um túnel do tempo gostoso para essa era curiosa do mainstream americano. O disco, inclusive, também conta com a colaboração de Kanye West em “Beat Goes On”.

Introduzida pela voz (e dicção) inconfundível da lenda do boxe Mike Tyson, “Iconic” mostra Madonna passeando pelo território do dubstep e de outros gêneros “pesadões” da música eletrônica. Um verso de Chance the Rapper, nome de destaque do hip hop, completa a mistura.


PARTE II


“Hey, Britney! You say you wanna lose control…”. Em outubro de 2003, o mundo pop rachou ao meio com a parceria entre a rainha e a princesa do pop, em uma faixa sexy e divertida incluída no álbum In the Zone, de Britney, coroada por uma das coreografias mais marcantes da carreira dela. “Me Against the Music” nunca teria sido possível, no entanto, sem o encontro inicial entre Madonna e Britney no VMA 2003, onde as duas protagonizaram, junto com Christina Aguilera, um beijão que ficou para a história da premiação e da música pop. Reza a lenda que foi durante os ensaios para essa performance que Britney chamou Madonna para a colaboração.

A chegada de Björk com o seu álbum Debut chacoalhou a música pop em 1993, e Madonna estava ouvindo. Fascinada pela excentricidade e pelo som climático da cantora, ela chamou a islandesa para escrever a faixa título do seu disco Bedtime Stories, que sairia no ano seguinte. Ouvida hoje, a canção é distintamente “Björkiana”, com sua melodia arrastada e seu discurso sobre deixar as palavras e a lógica para trás em favor de um entendimento mais instintivo da vida. É um crossover fascinante de se ouvir.

Imagina ter uma parceria com Prince no seu álbum e nem mesmo usá-la como single? Madonna estava no topo do mundo pop em 1989, quando lançou o brilhante Like a Prayer, e acabou deixando “Love Song” como uma pérola escondida para os fãs descobrirem dentro do disco. A faixa é a única em que Prince canta, mas o gênio da música pop também tocou guitarra na icônica canção título “Like a Prayer”, em “Keep it Together” e em “Act of Contrition”.

Dua Lipa não economizou convidados quando decidiu lançar um álbum remix do seu megahit Future Nostalgia. O primeiro single já a reuniu com Madonna e a rapper Missy Elliott para reimaginar “Levitating”, uma das faixas mais viciantes do disco, sob o comando da DJ The Blessed Madonna. Curiosamente, esta não foi a primeira vez que a rainha do pop trabalhou com Missy. As duas estiveram juntas antes em “Into the Hollywood Groove”, um mashup de “Hollywood” e “Into the Groove” que foi lançado em 2003.

Além de Mike Tyson, Chance the Rapper e do retorno de Nicki Minaj, o álbum Rebel Heart (2015), um dos melhores da safra mais recente de Madonna, ainda conta com o rapper Nas em “Veni Vidi Vici”.

O álbum auto intitulado de Ricky Martin lançado em 1999 trouxe para o porto-riquenho o maior hit de sua carreira, “Livin’ La Vida Loca”, então talvez seja compreensível que muita gente se esqueça que o disco também inclui sua primeira e única colaboração com Madonna. “Be Careful (Cuidado Con Mi Corazón)” mistura o pop latino de Martin com a sonoridade etérea que Madonna representava na época, a mesma dos álbuns Ray of Light e Music.






Nenhum comentário:

Postar um comentário